domingo, 12 de outubro de 2008

Sangria

Sangria

Foi-se o viço da face mais rosada
Que já ia não se sabe por qual via
Rastro rubro tal e qual bela granada
A esvair-se na mais pura das sangrias

Lamacento é o verão após a chuva
Respingando todo o lodo da restinga
Rosto oculto, chama viva não confunda
Desfigurada a narração da ladainha

Agridoce é o sabor de todo o amor
A doçura do encanto em anomalia
Verso limpo não existe nessa dor
Oriunda da pureza da poesia.


Anto 25-04-06

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