domingo, 12 de outubro de 2008

Esfinge

Esfinge


Qual Esfinge está solta ao mundo
A dizimar homens, mulheres e crianças
Do ser vivente não se compadece
Desgraçando igualmente animais e plantas

Impondo medo, revolta e pânico
Urge um herói de grande intelecto
Espera-se venha ele a deslindar
A resposta do tal enigma secreto

Quem primeiro usa quatro pernas
E na seqüencia se equilibra em duas
Tempo depois utiliza três membros
Para locomover-se através das ruas ?

E apresentou-se um Édipo, rei de coragem
Com maestria e metafórica sapiência
Pôs intrincado pensamento à margem
Se atendo ao singelo observar da ciência

A questão se responde pelo Homem
Que em rebento está a andar de gatinhas
Em duas pernas se equilibra quando jovem
E o idoso em três, com o bastão caminha

Vencida, a Esfinge reconheceu a grandeza
Daquele homem que honrava a realeza
Jogou-se o monstro no abismo da tebana cidade
Recobrando pois o povo a total tranquilidade.

E assim termina essa incrível lenda poética
De um Édipo que pecou com a mãe Jocasta
Matara o pai, sem saber que ele assim o era
Alcançando o reinado em razão dessa lástima

Fôra culpada a Esfinge ao infligir o dilema
Impondo ao herói essa grande tragédia
Reino e rainha, em troca da adivinha
A vitória fez de Édipo rei por estratégia.

Anto 04-05-06

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