domingo, 12 de outubro de 2008

A Estrela

A Estrela



Viva luminescência que traspassa o vácuo infinito
E nos chega o véu celeste, rasgando a negra noite
Os olhos que a tudo vêem dão dizer restrito, aflito
Divisam apenas a luz que se aquieta ao horizonte

De tão amarga, está a Estrela a indagar aos astros
Quantos anos-luz a separam do seu negro abismo
Sente-se perdida no oceano, como velas sem mastros
Estática, como as Plêiades desenhadas em grafismos

Retilíneo e silente é o facho ininterrupto emitido
A distância é mera lacuna de tempo no espaço
Estão os humanos a olvidar de fatos ocorridos
Como a Estrela, aguardando a quietude do regaço.

Anto 29-05-06

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