sexta-feira, 24 de abril de 2009

Inferno astral II - a missão


Inferno astral II – a missão

Então tá, finalmente acabou.
Não que tenha sido tão horrivel. Apenas alguns percalços, algumas dúvidas, alguma irritação facilmente atribuivel à boa, velha e eventual tpm. E cá estou nos 42, a meu ver até que bem. Noves fora, o oftalmo deu-me a opção de escolher entre enxergar embaçadinho de longe e visualizar as letras de perto. Preferi a segunda opção, é claro, pois me dá a nitidez necessária para avaliar o que se passa em meu prato de comida. Pois é, agora sou uma mulher madura de verdade, daquelas que põe os óculos para ler a bula do remédio, o rótulo do creme antiidade, as letrinhas minúsculas dos contratos de prestação de serviços. Não que isso represente exatamente uma necessidade, mas é sempre bom saber os efeitos colaterais dos itens que permeiam nossa vida.
Bom, me resta apenas reclamar de algumas dores que insistem em se fazer presentes. Joelhos, costas e a inseparável dor de cabeça que me acompanha fielmente, conforme a orientação genética.
Ô Joana, às vezes me lembro de você e suas mandingas com o vinagre a livrar minha mãe das enxaquecas. Quisera eu tê-la por perto hoje em dia.
Mas não exageremos exageradamente.
Missão cumprida por enquanto, ainda tenho onze meses até o próximo inferno astral.
Até lá, quem sabe arrisco plantar uma árvore.

Anto 24/04/09