Fechando 2011
Este ano foi incrível em todos os sentidos.
Não foi fácil, mas foi um ano de acertos, mais do que erros.
2011 voou, sem qualquer pretensão de ser o ano. E realmente não foi. Chegou ao fim com algumas surpresas e outras tantas constatações.
A maior foi a de que a perseverança, se não rende bons frutos de imediato, faz germinar sementes. Algumas ruins, é verdade, fadadas ao apodrecimento. Outras boas, que irão crescer e frutificar. Esperar pelas boas ainda exige uma certa dose de paciência. E alimento. E rega. E abnegação. E ajustes.
O que não tinha mais serventia mas ainda era aproveitável foi doado, levado às mãos de quem poderia tirar algum proveito. Foi aberto espaço nos armários, nas gavetas, na alma. E tais espaços foram ocupados de maneira mais organizada, sem desperdídios. Alguns sorrisos se formaram e apenas isto é o que realmente importa. O lixo foi jogado no lixo. Tanto o físico, quanto o emocional, espiritual, cármico – se é que existem lixos desses tipos, além dos recicláveis e orgânicos, acho que sim.
Assim, organizando a vida, as energias fluem. A gente se sente mais leve, trabalha com mais vigor, motivação, corre atrás do prejuízo, do tempo perdido, dá mais valor ao que de fato precisa e merece nossa atenção.
Algumas amizades se revelaram maiores do que se supunha e outras ainda se formaram com aquela simplicidade de quem mora numa kitchenette, mas tem um enorme e acolhedor espaço no coração. E a vida segue, cada um cuidando da sua, sem que ninguém saia ganhando, nem perdendo. Até para cultivar uma amizade é necessário comprometimento e isso faz todo o sentido.
Esse ano foi um ano de idas e vindas. De partidas e chegadas. Foi um ano de reflexão e observação.
O silêncio foi importante ingrediente para garantir algumas percepções maiores. E elas vieram, num breve intervalo entre a oração e a meditação.
Ano de costurar os retalhos e constatar que depois de pronta a colcha não ornava tanto assim. Afinal, nada é exatamente como nos mostram. Nada é como somos induzidos a ver.
E se por um lado nos equivocamos, por outro compensamos com acertos e devemos ficar satisfeitos com eles. E agradecer. Sim, agradecer é fundamental.
Então, agradecendo primeiramente a Deus pelo ano que termina, segue meu desejo de que 2012 seja sempre melhor no sentido da conscientização moral e ética humana, porque todo o resto é mera consequência.
Feliz Ano Novo!
Foto by Mirella Valente