segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

O sofisma

O Sofisma



Doces palavras captam meus ouvidos
Viciados já com elogios e deleites
Que deixam corado o semblante ardido
E bela a expressão, coberta de enfeites

Sofri com isso muitos tolos prejuízos
Aguardando verdades incoerentes
Aparentei insanidade, falta de juízo
Porquanto errava, sofismavelmente

Empurrei a má-sorte para outro lugar
A busca iniciando ao total reverter
Nos versos expliquei a rima matar
Que é o contraposto do verbo morrer

Estamos todos muito necessitados
Saber exatamente de quê somos feitos
Carne e osso, somos assim revelados
Só não exibimos tão bem os defeitos

Por isso o sofisma, opino modestamente
Está bem distante do poder do coração
Ludibriando com o raciocínio demente
Empreendemos assim certa tapeação

Não somos o que na realidade aparentamos
Querendo sempre a todos impressionar
Volta e meia uns aos outros sofismamos
Ou engendramos como fazer a sofismar


Anto 06/09/06

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