segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Meio-termo

Meio-termo

Hoje haveria eu de morrer feliz
Pois senti o sol aqui mais uma vez
A aquecer-me o corpo, corar-me a tez
Colorindo o dia com intensa matiz

Soubesses o que me está por um triz
Vir a baila nas horas de insensatez
Conter nos minutos o sim e o talvez
Na exata medida de uma bissetriz

Pergunto: Há alguém no extremo mais ermo?
Minha voz cala, procuro quieta o rebatido eco
Em penumbrentas sombras de um meio-termo

No apêndice que se move, em dias de mar agitado
Escurecendo o céu, na proporção de um caneco
Tão quente como o sol, a beber do café adocicado


Anto 04/06/08

Nenhum comentário: